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A Associação de Socorros da Carvoeira foi a anfitriã do segundo encontro UASO no dia em que comemorava o seu 20º aniversário.

Julho 2012. A Freguesia da Carvoeira teve a oportunidade de receber e participar em mais um encontro associativo histórico, depois do grande sucesso da festa dos dadores de Sangue, o segundo encontro da UASO confirmou "a competência e organização da estrutura directiva da ASFC na realização de grandes eventos", foi com estas palavras que o Presidente da Direcção, António José, se dirigiu aos presentes, manifestando o seu orgulho na presença e participação da quase totalidade das Associações da UASO (15).

 

Em tempos de discursos Damas Antunes, presidente da UASO, fez uma referência ao aniversário da associação da Carvoeira pelos seus 20 anos de existência, sendo um exemplo de que “é com muita luta que se atingem os objectivos e que a fez crescer também em várias áreas de actividade. Aos voluntários presentes o dirigente dirigiu uma palavra de apreço pelo seu trabalho, tempo e dedicação “que por vezes é feito em prejuízo do lazer e das suas famílias”.

Damas Antunes voltou a referir a batalha que as associações de socorros travam com o Governo pelo reconhecimento dos seus serviços que com a nova legislação diminuíram: “o que mais nos preocupa é ver pessoas que até teriam direito a transporte e não lhes são passadas as guias de transporte. São os custos dos combustíveis a crescer sem o respectivo acompanhamento dos valores que recebemos, é a diminuição do voluntariado em algumas associações, enfim há uma série de dificuldades que temos vindo a tentar combater”, disse o dirigente, lembrando que muitas agremiações estão a “travar uma luta pela sobrevivência, mas não podemos deixar cair os braços, temos de manter a nossa preocupação de ajuda social”.

 

José Manuel Cristóvão, autarca da Carvoeira, fez referência ao esvaziamento dos cuidados médicos e à reforma hospitalar, já o deputado Duarte Pacheco comparou a reorganização dos serviços de saúde à reforma que foi realizada na educação: “o que se precisa é que os serviços sejam de qualidade e não em quantidade”, defendeu. Segundo o deputado os centros hospitalares de Torres Vedras e das Caldas da Rainha tiveram no passado ano um prejuízo de 20 milhões de euros e dívidas acumuladas de mais de 80 milhões. Duarte Pacheco é da opinião que “as coisas não podem continuar como era há 50 anos. Também a área da saúde tem de ter reformas, é essa evolução que todos nós temos de encontrar”, o deputado voltou a defender que o serviço de urgências médico-cirúrgicas “vai continuar no hospital de Torres Vedras. Portanto neste caso a mudança é permanecendo aquilo que é fundamental e tenho a certeza que nesta reforma em curso as associações de socorros e os bombeiros vão continuar a levar pessoas para as urgências de Torres Vedras tanto as cirúrgicas como as pediátricas. E se alguma coisa não acontecer como eu estou aqui a dizer, vou estar ao vosso lado na luta para inverter esta situação. Mas estou convencido que isso não vai acontecer”.

 

Duarte Pacheco falou ainda da alteração à lei 12/97, que junta as associações de socorros, entidades sem fins lucrativos, às empresas que fazem transportes de utentes, e que pretende restituir às agremiações a equiparação às condições do bombeiros e Cruz Vermelha, afirmando que até ao final do corrente mês a iniciativa legislativa de alteração àquela lei dará entrada na Assembleia da Republica.

 

A concluir falou Carlos Miguel, presidente da Câmara torriense, que também elogiou o trabalho dos voluntários e das associações de socorros, defendendo que as agremiações são “máquinas indispensáveis e que estão a ficar sem combustível e isso não podemos deixar. Não pela máquina em si, mas pelas pessoas que elas servem”. Relativamente à reorganização dos serviços hospitalares, o autarca disse que “no que toca à urgência médico-cirúrgica não tem discussão possível porque falamos em vida ou morte” pelo que defende a continuação deste serviço no concelho e relembrou que desde Março que há uma série de incertezas, pelo que solicita aos governantes que todos os implicados se sentem à mesma mesa para chegarem a um entendimento.

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